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Arquitetos: Tezuka Architects
- Área: 1005 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Katsuhisa Kida, Tezuka Architects
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Fabricantes: AutoDesk, DNL, Furukawa, Microstation, Mtsubishi, Panasonic, Rhino, Toto
Descrição enviada pela equipe de projeto. A cidade de Mutsu, no Japão, é um lugar excepcionalmente encantador. Localizada no extremo norte de uma baía protegida da prefeitura de Aomori, Mutsu encontra-se encravada entre o mar e a montanha, rodeada pela exuberante natureza típica da Península de Shimokita.
Conscientes da riqueza de seu contexto específico, os arquitetos conceberam o edifício como uma fachada única e contínua, configurando um volume circular aberto 360 graus para a paisagem. A partir disso, a madeira foi escolhida como sistema estrutural principal, não apenas como uma alternativa ao concreto e o aço, mas como uma abordagem que procura criar pontes com a tradicional arquitetura japonesa.
Somando-se a isso, as atuais tecnologias nos permitem construir edifícios em madeira que sejam duráveis, resistentes e seguros em um país onde as condições meteorológicas e geológicas são bastante desafiadoras. Inspirados pela tradição construtiva local, procuramos expôr a madeira e transformá-la no principal elemento formal do projeto. Ao contrário do aço ou do concreto, a madeira é um material bastante adequado para o acabamento dos espaços interiores, principalmente por suas características táteis. As crianças são convidadas a tocá-la, a pisar no chão de uma maneira que não seria possível se este edifício tivesse sido construído em concreto e aço. As estruturas de madeira também envelhecem com dignidade, incorporando com orgulho as marcas deixadas pelo tempo como um registro de sua própria história.
Tocando suavemente o solo em uma de suas tangentes, a cobertura elíptica da Escola Infantil Yoshino é uma celebração à paisagem, uma homenagem à natureza. Desta forma, a cobertura se inclina levemente para permitir que as crianças possam subir até o ponto mais alto. Com algum esforço, até mesmo um cadeirante é capaz de subir até o topo do telhado. Com uma inclinação de apenas 8 por cento, a cobertura acessível é um convite para que as crianças explorem a arquitetura do edifício, uma paisagem construída que encontra sintonia na geografia de Aomori. Crianças de todas as idades aceitam o desafio, afinal, no mundo natural, superfícies perfeitamente planas são realmente muito raras.
Inclinada em direção sul, a cobertura do edifício se aquece mais com a luz do sol do que uma estrutura plana. Apesar de uma inclinação que não supera os 4,5 graus, essa suave mudança de direção faz com que o telhado receba tanta luz do sol quanto um edifício localizado 700 quilômetros mais ao sul. A superfície inclinada da cobertura também desempenha a função de platéia, criando uma espécie de anfiteatro natural para as crianças. Como um pequena encosta, a cobertura do edifício também incentiva as crianças a brincarem durante o inverno, quando a neve se acumula sobre a grama.